sexta-feira, 16 de setembro de 2016

PLANEJAMENTO

PLANEJAMENTO DE AULA



Como planejar uma aula, seguindo os 4 pilares da educação...
Vamos por etapas:
É comum professores cometerem um grave erro ao montarem um Plano de aula: fazê-lo para si próprio. O Plano de aula deve ser feito para o aluno!
Como assim?! Você deve estar se perguntando...
É simples: o centro de um Plano de aula é, sem dúvida, o aluno! Como vai aprender e como vai receber o que você está propondo.
É preciso fazer com que o aluno estude para aprender e não para “passar de ano” e você só conseguirá isto se fizer um Plano de aula, onde ele (o aluno) é o “tema central”.
Mas o que eu, como professor(a), penso não conta?
É claro que sim, pois nós, educadores, somos os responsáveis por propiciar situações em que o aluno se aproprie do conhecimento. Lembre-se: o aluno não é um ser que não sabe nada e vai à escola para aprender tudo com o professor, que é o detentor do saber.
Agora que já “sabe” que o tema central do Plano de aula deve ser o aluno, você deve preocupar-se em criar situações interessantes para sua aula. Como são seus alunos? Do que mais gostam? Ouvir histórias, dançar...?
Evite pensar: “Como vou ensinar isto à turma?” e pense: “Como meus alunos irão aprender isto?”. O processo de ensino-aprendizagem é uma troca gostosa: você aprende com seus alunos e eles com você, pois cada criança já chega à escola com conhecimentos diversos... Assim como o professor...
Os alunos não são todos iguais, logo não aprendem da mesma forma. O educador deve conhecer e respeitar seu aluno. Respeitar seus limites, suas dificuldades, sua opinião...
Vamos para a prática!
1º – TEMA GERADOR: Sua aula será sobre o quê?
2º – OBJETIVO: O que seu aluno deve FAZER, SABER e SER?
FAZER – o que seu aluno vai fazer durante a aula? Pintar? Dançar? Escrever? Recortar? Colar?
SABER – a atividade que seu aluno desenvolveu o levou a saber o quê? O que ele “aprendeu”?
SER – a atividade que seu aluno fez o levou a se apropriar de um conhecimento, certo? Como este conhecimento acrescentará nele (o aluno) como pessoa, cidadão?
3º – PROCEDIMENTOS: como será desenvolvida a sua aula? Como proceder para que o aluno FAÇA, SAIBA e SEJA?!
4º – AVALIAÇÃO: como você avaliará seu aluno? (Não fique sentado durante o desenvolvimento das atividades, circule pela sala de aula observando-os e tirando, possíveis, dúvidas. Elogie, estimule, avalie!).
Algumas idéias!
Monte um Plano de aula em que o aluno participe. Promova debates, ouça-os e faça com que ouçam a você.
Crianças e adolescentes gostam de se sentir útil, promova brincadeiras e jogos para escolher o AJUDANTE DO DIA ( em minhas aulas o ajudante conta uma história ou narra um fato que aconteceu em sua vida, para a turma!). Decore a sala com enfeites confeccionados por eles mesmos.
Evite abstrair em suas aulas (principalmente na Educação Infantil) quando falar em “algo” leve “este algo” para que a turma veja. Se não puder levar, consiga fotos e mostre à eles.
Não crie situações complicadas demais, ofereça desafios pertinentes à idade de seu aluno. Fale de situações que lhe sejam familiares, cite o nome de algumas crianças e peça, se estas se sentirem seguras para tal, que contem como foi seu dia, ou como foi sua última festa de aniversário... está “propondo” à turma.A partir daí conduza a aula de acordo com o TEMA GERADOR e vá inserindo os conteúdos propostos...
Leia bastante. É importante que você domine o assunto .

APRENDER...



Aprender não é acumular certezas nem estar fechado em respostas. 
Aprender é incorporar a dúvida e estar aberto a múltiplos encontros.  
Aprender não é dar por consumada uma busca.
 Aprender não é ter aprendido.
 Aprender não é nunca um verbo do passado.
Aprender não é um ato findo.
 Aprender é um exercício constante de renovação.
 Aprender é sentir-se humildemente sabedor de seus limites, mas com a coragem de não recuar diante dos desafios. Aprender é debruçar-se com curiosidade sobre a realidade.
 É reinventá-la com soltura dentro de si.
 Aprender é conceder lugar a tudo e a todos.
 É recriar o próprio espaço.
 Aprender é reconhecer em si e nos outros o direito de ser dentro de inevitáveis repetições porque aprender é caminhar com seus pés um caminho já traçado.
 É descobrir de repente uma pequena flor inesperada.
 É aprender também novos rumos onde parecia morrer a esperança.
 Aprender é construir e reconstruir pacientemente  uma obra que não será definitiva porque o humano é transitório.
Aprender não é conquistar nem apoderar-se mas peregrinar.
 Aprender é estar sempre caminhando, não é reter mas comungar. 
Tem que ser um ato de amor para não ser um ato vazio.
 Paulo Freire.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Educação é tudo!

Ensinar é a arte de ajudar a descobrir!

FITA DE MÖBIUS



O SIMBOLO DA PSICOPEDAGOGIA


Ao se definir e conceber o símbolo da profissão, buscamos produzir uma síntese das consciências particulares, estabelecendo, conseqüentemente, através daquela concepção a consciência coletiva do segmento profissional.

Inspirado nos valores éticos inerentes à nossa profissão e nos princípios e significados da simbologia, o símbolo deveria traduzir toda a grandeza da Psicopedagogia. Nossa proposta para sua criação tinha como objetivo estabelecer o vínculo com nossa história e, resgatar seu real significado que, hoje mais do que nunca, permanece através da legitimidade que a sociedade lhe atribui.

Como resultado de todo este processo, a proposta de se partir da simbologia da Fita de Möbius foi aprovada.

Por que Fita de Möbius?

Em 1858, o matemático e astrônomo alemão Auguste Ferdinand Möbius ao pesquisar o desenvolvimento de uma Teoria dos Poliedros, descobriu uma curiosa superfície que ficou conhecida com seu nome, a Fita de Möbius. É uma fita simples que tem duas superfícies distintas (uma interna e outra externa) limitadas por duas margens. Trata-se de uma superfície de duas dimensões com um lado apenas. Assim, se caminharmos continuamente ao longo da fita, atravessamos ora uma, ora outra dimensão.

O que encanta nesta fita é a sua extraordinária simplicidade aliada a um resultado complexo – transformando o finito em infinito.

Estas idéias foram passadas para dois design-gráficos que apresentaram algumas propostas, as quais foram apresentadas para no VIII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia para que os congressistas votassem.

O significado do Símbolo eleito foi descrito da seguinte forma:

Fita de Moebüs com 3 voltas. Representa o olhar do Psicopedagogo. As voltas estão dispostas de forma a representar a aprendizagem do indivíduo. O círculo central representa o indivíduo em processo para a aquisição de conhecimento, chegando ao fim com mudanças perceptíveis (círculo vermelho).

Esse símbolo foi assim representado com o propósito de caracterizar nossa área de atuação, representando o Psicopedagogo com suas características próprias.

PSICOPEDAGOGIA CLINICA E INSTITUCIONAL: QUAL A DIFERENÇA





Uma das dúvidas mais comuns entre os estudantes de Psicopedagogia, professores e pais é sobre a diferença entre a Psicopedagogia  Clínica e a Psicopedagogia Institucional.
A Psicopedagogia é um campo de conhecimento e atuação que trata do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades, seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio – família, escola e sociedade – no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico.
A Psicopedagogia Clínica tem como objetivo identificar, analisar, planejar e intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento. Para tanto, o profissional deverá estar preparado para atender crianças, adolescentes ou adultos com problemas de aprendizagem.
Através do diagnóstico clínico é possível identificar as causas dos problemas de aprendizagem e para o tratamento são realizadas diversas atividades com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e quais são os seus bloqueios. Cabe ao Psicopedagogo utilizar recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras coisas que forem oportunas. A prática psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico.
Esse profissional, que tem como seu maior publico crianças e adolescentes, deve também estar preparado para administrar possíveis reações negativas da criança frente algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc. É importante tentar chegar o mais próximo possível da realidade da criança ou do adolescente – tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais, colegas e professores. Neste sentido verifica-se que além de ajudar a criança ou adolescente a encontrar a melhor forma de adquirir a aprendizagem, é fundamental que o Psicopedagogo conheça como e o que o sujeito aprende.
A Psicopedagogia Institucional pretende oferecer ferramentas de melhorias das condições do processo de ensino-aprendizagem, bem como para a prevenção dos problemas de aprendizagem. Por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita a intervenção psicopedagógica visando a solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais, como nas escolas. Juntamente com toda a equipe escolar, se mobiliza na construção de um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. Elege a metodologia ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar ou desobstruir tal processo. 

Assim,  dentre suas atribuições, destacam-se: 


  • Participação na dinâmica das relações da comunidade educativa a fim de favorecer o processo de integração e troca. 
  • Orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos. 
  • Realização do processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo. 
  • Contribuição com as relações, visando à melhoria da qualidade das relações inter e intrapessoais dos indivíduos de toda a comunidade escolar. 
  • Desenvolvimento de projetos socioeducativos, a fim de resgatar valores e autoconhecimento. 
  • Desenvolvimento de ações preventivas, detectando possíveis perturbações no processo de ensino- aprendizagem.
"FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA"
Cora Coralina